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sábado, 31 de dezembro de 2011

Dia 73 | 31dez | Mais um que se passa. E um novo que chega!!

Olá gente!
Evidentemente nosso blog está ligeiramente atrasado...
Um tanto quanto...
Na verdade, atrasadésimo!! 

No nosso último post estávamos no Vietnã. Passamos cerca de 2 semanas na Malásia e já chegamos há cerca de outras 2 na Indonésia.
Na estrada há 73 dias, por incrível que pareça.
Muitas histórias, perrengues e experiências já se passaram.
Até sofremos um roubo!! Pegaram nosso shampoo numa pousada perdida no litoral noroeste da Malásia...

E nada de posts novos...
Mas para minimizar nosso sentimento de culpa, cá estamos, num cyber café no meio da ilha de Bali, Indonésia...

Para desejar a todos um ANO NOVO cheio de ALEGRIAS, NOVAS CONQUISTAS e claro, MUITA SAÚDE !!
 

Um super beijo a todos!!
Márcio e Beth





segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dias 35-38 | 23nov-26nov | Vietnã - Hanói e adeus Vietnã!

Dia 35 | 23nov
Chegamos muito cedo na estação de trem. A viagem foi ok, já sentíamos saudades do calor de Hanói. Após quase brigar com os taxistas que cobraram descaradamente quase 3x o valor justo, pegamos um mais honesto direto ao Elizabeth Hotel.
Após 3 dias andando pelos morros de Sapa e passando frio, nos demos um dia de descanso no hotel.



Dia 36 | 24nov
Hoje iremos visitar alguns dos destaques de Hanói: o Templo da Literatura, o Complexo do Mausoléu de Ho Chi Minh e o maior mercado da cidade. Sem dúvida, em cidades como Hanói muitas coisas interessantes ficam no meio dos trajetos entre os pontos turísticos.
Numa loja de bordados (da mesma empresa que visitamos em Nha Trang) encontramos um bando de brasileiras, cariocas e loucas para comprar todo tipo de souvenirs. Foi engraçado observar elas negociando com os vendedores, pechinchando e seus maridos aguardando na frente.
O templo da literatura é um espaço muito bacana, com muito verde e que parece ser um respiro dentro da movimentada Hanói das motocicletas. O templo foi dedicado a Confúcio e também abriga uma universidade (que supomos ser ligado a letras...). Havia uma turma de formandos em trajes típicos tirando fotos uns dos outros.
Como capital do norte, Hanói é a cidade onde Ho Chi Minh foi enterrado, ou melhor, mumificado. Seu corpo está exposto num  Mausoléu, onde os vietnamitas fazem filas para prestar suas homenagens. Ele deve ser o único morto que viaja todos anos, e de graça. Seu corpo é enviado para a Rússia para um check up geral estético. Agora mesmo ele estava passando sua temporada em Moscou e não pudemos visitá-lo. Mais do que ver seu corpo, eu tinha mais curiosidade em presenciar os locais fazendo essa visita, que é praticamente uma peregrinação.
  
No centro, o mausoléu do Uncle Ho (Tio Ho).

No final do dia fomos ao mercado de Bong Xuan, o maior da cidade. Funciona num edifício dividindo espaço com uma estação de trem, com uma infinidade de barracas vendendo de peixes a blusas feitas na China. Parece que esse mercado tem como público principal mesmo o povo local.
  
Lulas secas, tartarugas, peixes, enguias!
 Em terra de lambreta quem tem mais de 400cc é Rei!
No final do dia passamos no Teatro Municipal e compramos ingressos para amanhã para os Water Puppet (Fantoches Aquáticos), espetáculo muito famoso e respeitado por todo Vietnã.


Dia 37 | 25nov
Saimos depois do almoço para perambular pelos arredores até o horário do Water Puppets. 
Andamos num pedaço da cidade muito bacana, com templos, lojas interessantes, restaurantes e cafés. E praças charmosas intercalando os quarteirões. Concluímos que nos instalamos num pedaço mais caído do centro de Hanói... Uma loja tinha souvenirs pra lá de exóticos, tudo feito com insetos e plantas conservados dentro de plástico. Apesar de estranho, era muito original. Havia tbém uma loja vendendo tudo que é bicho empalhado, além de uns bambis tinha até um tigre (q o dono não deixou fotografar)...
No nosso "marasmo turístico" observávamos os locais tocando suas vidas em volta do lago, lendo nos bancos à beira d´água, praticando tai-chi-chuan, casais namorando, e claro, vendedoras oferecendo suas mercadorias.  
Cenas do centro de Hanói.
 Acima, souvenirs de gosto bem duvidável...

Chegando ao teatro, uma multidão aguardava o início do espetáculo. Eles têm 5 apresentações por dia e nessa época do ano, todas lotadas. Tivemos sorte de conseguir lugares bons para o dia de hoje.
Essa tradicional arte popular nasceu com os agricultores dos arrozais do norte do país. Eles criaram de forma engenhosa essa manipulação dos bonecos sobre a água. Na introdução, a apresentadora citou alguns países por onde a trupe já passou e não é que o Brasil foi um deles?
A apresentação foi muito bacana, com artistas no verdadeiro sentido da palavra. Os músicos, muito competentes, têm papel fundamental para a ação. As pequenas histórias narram aspectos da vida no campo e crenças locais, com a manipulação dos bonecos feita de forma primorosa. No final, todos manipuladores vêm à frente, um momento de reconhecimento à toda trupe! Valeu muito a pena!
Saindo do teatro fomos a um café no alto de um prédio no cruzamento mais tradicional de Hanói, que aliás está precisando de uma boa reforma! É engraçado ficar observando do alto a movimentação do trânsito, com toda aquela loucura, tantas vezes já mencionadas aqui. Grupos de turistas atravessando como se fosse "a aventura", uma diversão a mais para a viagem, uma tiazinha nativa costurando no meio sem dar a mínima para carros e motos. 

Logo próximo havia um mercado noturno, o principal de Hanói. Esse fenômeno de mercados noturnos que existem no Vietnã é algo que impressiona. Nossa teoria para isso é que as pessoas trabalham muito e sobra somente a noite para elas fazerem compras. O mercado era focado mais para os locais, com centenas de barracas de roupas e acessórios, acessórios para celulares, coisas para casa, comidas. Devia ter cerca de 1km de extensão, vindo desde o mercado de Dong Xuan que visitamos ontem de tarde. Haviam barracas também em algumas travessas, e claro, muita gente vendendo e muita gente comprando.
Festa das bugigangas!

 

Dia 38 | 26nov
Hoje reservamos o dia para colocar nosso trabalho em dia!
Com vários dias de atraso, nosso blog precisava daquele empurrão...
Amanhã é nosso vôo para Kuala Lumpur, Malásia. E vamos que vamos!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dias 32-34 | 20nov-22nov | Vietnã - Nas terras altas de Sapa

Dia 32 | 20nov
Na viagem noturna de trem deu para até dar uma descansada, as camas eram confortáveis, apesar do balanço do vagão. Na mesma cabine havia um australiano bem gente boa. Ele tinha uma história bem maluca, ele é filho de pais cambodjanos que fugiram do país durante o regime do Khmer Rouge. Na época o governo da Austrália recebeu as pessoas daquele país, o que provavelmente salvou suas vidas e garantiu suas gerações futuras. Ele estava viajando pelo Vietnã e depois iria para o país de origem de seus pais pela primeira vez, provavelmente um momento muito importante em sua vida.

Sapa é um destino muito famoso no país, com a marcante paisagem montanhosa e seus engenhosos arrozais em platôs. Infelizmente nessa época a colheita foi toda feita e sobraram apenas os platôs alagados. Para o melhor de Sapa teríamos que vir em junho, quando os morros ficam totalmente verdes. Aqui também há uma variada presença de minorias étnicas e a visita às vilas é um dos principais programas. Nosso tour era focado em trekking e seria de 3 dias e 2 noites, sendo uma noite em homestay.
Chegamos às 5 da manhã em Lao Cai, o acesso do trem, onde uma van nos levou até a cidade de Sapa. Uma alemã, cujo guia não havia dado as caras, se juntou à nossa van. O hotel do tour era normal, sem charme nenhum, apesar de se chamar Emotion Boutique Hotel. Não era boutique hotel, muito menos causava qualquer emotion... Após o café da manhã nossa guia veio nos encontrar, uma senhora muito simpática de uma etnia local, pequenininha! O nome dela era Sú e a Bé já mandou um "Que fofa!", hehehe!

A Bé no alto, na cabine do trem. No centro, a Sú, nossa guia à caráter.

Saimos andando do hotel e um grupo de mulheres da mesma etnia da Sú se juntou a nós. A alemã também se encaixou no nosso grupo, com mais 3 pessoas de uma família tcheca. Como prometido, o tour seria em um grupo pequeno, de no máximo 6 pessoas. Mas o que não imaginávamos era que haviam dezenas e dezenas de outros grupos de 6 pessoas... O trajeto estava tomado pelos turistas e pelas mulheres que seguiam puxando aquela conversa mole a qual já nos acostumamos: "De onde vc é?", "Quantos anos vc tem?", "Vcs são casados?"... Em um dado momento elas sacavam vários artesanatos de suas enormes cestas e ficavam tentando nos vender!! O mais curioso era que elas seguem determinadas pessoas, como um combinado entre elas - "esse casal com cara de japa são meus". Tinha uma cena em que várias crianças praticamente subiam em cima de um turista, fotografei e até mostrei pro cara, que riu muito.
Saimos pela estrada de acesso da cidade, já na beira de um vale bem fundo. Carros e caminhonetes passavam buzinado e muito perto de toda aquela gente, espremida na estrada estreita. Entramos por uma trilha e começamos a descida rumo ao fundo do vale, muito cênico! A paisagem realmente é bonita, apesar de não estarmos na melhor época. A neblina espessa da manhã já se dissipava e revelava a extensão do vale.A descida era bem íngreme e as mulheres todas (nossa guia inclusive) usavam umas sandálias estilo croc ou havaianas. E algumas desciam correndo, com muita habilidade.
O trajeto ia acompanhando o rio, quando atingimos a vila de Lao Chai. Mais mulheres nos cercaram, agora com uns panos vermelhos na cabeça. Essas são já de uma outra etnia, mas também tentavam vender seus artesanatos. Todas essas vilas são muito humildes e essa renda extra que eles têm dos turistas certamente é muito importante.
Na vila tivemos nosso lanche-almoço, uma baguete muito boa com omelete, salada e frutas.
Alguns bichos importantes na vida dos locais, sobretudo os búfalos, sem os quais tudo seria muito mais trabalhoso! E porquinhos filhotes são engraçadinhos, não daria para pensar neles dentro de uma feijuca... 
 Nosso trajeto se extendeu até a vila de Tan Van, onde seria nosso homestay. Na verdade não era um homestay de fato, estava mais para uma hospedaria preparada para turistas, com várias camas separadas apenas pelos mosquiteiros.
O jantar foi um dos destaques. A dona da hospedaria, com o barrigão de uns 8 meses, preparava a comida sobre o fogo de lenha. Entramos para ver e ela nos deixou ficar um pouco. Ela preparou vários pratos, com sabor bem caseiro e todos muito bons! Muitos vegetais, carne de porco, frango, tofu e claro, arroz! Após o jantar nossa guia e uma outra bem doida troxeram umas garrafa pet com o que eles chamam de rice wine (vinho de arroz), que não tem nada a ver com o saquê japonês. Essa bomba está mais para a cachaça, com mais de 40% de álcool. Começou o vira-vira, que acompanhamos somente no começo, para não dar um PT no trajeto do dia seguinte. Foi muito divertido, nossa guia era muito engraçada e ficava regulando a outra que era mais maluca (essa queria fazer todos encherem a cara!!). Depois ainda fomos dar uma espionada numa festa de casamento que estava acontecendo na vila, muito bacana. Pegamos o momento da chegada da noiva, que era de Hanói.
 Acima, nosso homestay. Na parte de baixo, o festival de vira-vira de "rice wine".

Durante a noite, um rato andou pelas redondezas e acho q ele me cutucou o dedo do pé! Quando levantei com a lanterna em punho, a Beth já acordou perguntando o que eu estava fazendo... "Nada! Só estou procurando meu chinelo!". Hehehe, se ela soubesse ia ficar acordada a noite toda em vigília!! Outras pessoas também viram, mas concluimos que esses daqui são mais limpos, pois comem arroz e milho... Melhor pensar assim!


Dia 33 | 21nov
Acordamos bem cedo para pegar o nascer do sol no vale, o que valeu muito a pena! Após o café com panquecas e mel, já pegamos a trilha. Dessa vez teríamos mais subida, pois teríamos que dar a volta por cima para acabar de tarde na estrada que levaria de volta à cidade.
 Hoje as multidões parecem ter se dissipado um pouco. Mas mesmo assim alguns grupos faziam o mesmo trajeto que a gente.
A visão do vale no trecho de hoje é ainda mais bonita, ficamos tirando fotos a cada parada... Passamos numa escola local, onde as crianças estavam tendo aula.
Num determinado momento um pessoal grita p gente de cima do morro, eram as 2 canadenses que conhecemos em Halong Bay. Elas estavam com um outro grupo, e acabamos nos cruzando no meio do vale! Almoçamos numa vila no caminho, noodles preparado pela própria Sú. Quente e reconfortante para um dia mais frio que ontem.
Nossa guia a Sú, uma das pessoas mais bacanas que conhecemos nessa viagem.
À direita, a cidade de Sapa.

Quando chegamos à estrada nossa van já estava a postos e pegamos a estrada de volta a Sapa.
Jantar no hotel e um merecido descanso!


Dia 34 | 22nov
Hoje é nosso último dia em Sapa. Após o café apareceu um outro guia e não a Sú como imaginávamos. O dia estava muito nublado e com neblina muito densa. Foi muita sorte, pois nos 2 dias anteriores conseguimos ter dias excelentes para aproveitar as trilhas e o visual do vale. Hoje o dia é de chuva mesmo.
No nosso grupo tinha uma curitibana que mora em Londres. Ela trabalhou numa empresa inglesa fornecedora da Narita que faz pesquisa de mercado em vários países. Brasucas são raridade por esses lados do Sudeste asiático e quando ouvem um português-não-lusitano logo tratam de se identificar e trocar figurinhas.
O restante do tour é de fato para "encher linguiça" mesmo. O guia era muito fraco, nem chegava aos pés da Sú. Era apenas um cara que sabia o caminho. Fomos a lugares do tipo uma "vila onde as mulheres fazem artesanato". Perto uma cachoeira e um rio eram o destaque do trajeto. Próximo da cachoeira umas barraquinhas vendiam petiscos locais. Provamos um arroz glutinoso (de moti) cozido dentro de bambu, que eles assavam sobre brasas. Curiosa forma de preparo e para comedores de arroz como a gente, muito boa!
Voltamos à cidade sob chuva na hora do almoço e depois tivemos a "tarde livre". Ficamos perambulando pelas ruas de Sapa, repletas de lojas de souvenir (os mesmos que as mulheres vendem nas vilas). O mercado local é interessante, com aquele sortido de barracas de verduras, frutas, bichos vivos e comidas locais, bem típicos aqui do Vietnã.

Apesar do dia de hoje, Sapa valeu muito a pena!
De noite pegamos o trem de volta a Hanói, já na nossa reta final aqui no Vietnã.
Abs a todos!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dias 30-31 | 18nov-19nov | Vietnã - O melhor de Halong Bay

Hoje acordei bem cedo para pegar o nascer do sol, mas no horário que o guia nos falou já havia luz. A Bé traidora, na hora H não quis se levantar e continuou em estado de sono profundo...
Uma densa névoa cobria toda baía, dando uma atmosfera muito especial. 
Após o café da manhã já partimos para uma outra área da baia. Nesse trajeto fomos explorar de caiaque uma área mais reservada. Mais reservada não significa uma área sem turistas, mas apenas sem multidões. Pegamos o caiaque e já partimos para explorar os arredores. Nosso guia estava com uma turista que simplesmente não queria remar. Então saimos para olhar em volta sem ele, demos uma de ovelhas desgarradas mesmo! Aqui existem muitas cavernas, onde pudemos entrar e atravessar para o outro lado do morro, revelando recantos mais isolados e sem acesso aos barcos maiores.
Um ponto mais distante era acessado após atravessarmos 2 cavernas, chegando numa pequena baía isolada. Nesse ponto vimos um grupo de macacos de cabeça branca. Apenas um outro grupo de caiaques estava lá e pudemos contemplar esse pedaço mais especial de Halong. No fundo dava para se ver alguns peixes, embora a água não estivesse com visibilidade boa para snorkelling.
Ficamos cerca de 1h45 nessas remadas, sem dúvida nenhuma, o ponto alto de todo tour!
Voltamos em um barco menor, devido à logística estranha deles - nosso barco maior havia ido ao porto para deixar parte dos turistas e pegar outros mais, já que no mesmo grupo haviam pessoas com tour de 2 e de 3 dias. Almoçamos no barco secundário, aqui a comida era um pouco melhor, embora ainda nada especial...
Partimos então para visitar uma criação de ostras para produção de pérolas, no meio da baía. Fora a óbvia loja no final da visita, a criação em si é muito interessante. Eles criam as ostras desde pequenas e num determinado momento inserem uma bolinha (que é uma pérola de ostra de água doce, sem valor comercial - é a semente) numa ostra jovem, trabalho feito por umas moças como se fosse um procedimento cirúrgico! Depois de algum tempo, a ostra forma a pérola em volta dessa bolinha, quando a coitada é sacrificada e obrigada a ceder seu trabalho de meses! Esse método foi desenvolvido pelos japoneses e trazido para cá.

Após a visita, encontramos nosso barco-hotel e já haviam outro grupo de turistas, além de toda tripulação do barco ser outra. Atracamos na mesma baia onde pernoitamos na noite anterior e os novos turistas começaram a cair na água, pulando do alto do barco. O problema era que estávamos na área mais lotada de barcos, com o pessoal da cozinha jogando lixo na água, e outros dejetos sendo despejados aqui. Aqui a gente não nada de jeito nenhum! Melhor mesmo era curtir o pôr do sol de cima do deck, ver o que Halong ainda tem de melhor...

Depois do jantar, haveria a sessão de karaokê. Mas num dado momento uns caras da tripulação que já tinham enchido a cara começaram a tomar conta do aparelho, cortando a vez dos turistas! Isso porque nós somos os clientes!
Noite de Karaokê furado. Acreditem, esse é o nosso segundo capitão...


Ultimo dia Halong Bay
No último dia praticamente quase houve um motim. O guia havia prometido nos levar a uma vila flutuante, mas logo após o café da manhã já partimos em direção ao porto de Halong. Fomos reclamar, todos estavam indignados com a falta de compromisso do guia. Mas infelizmente isso é prática comum no país, que atrai tantos turistas mas que provavelmente não voltarão pela falta de seriedade... A discussão não levou a nada e praticamente o dia foi somente para a volta a Hanói.

Halong Bay sem dúvida é um espetáculo natural incrível, de uma beleza única! Mas a forma como eles estão conduzindo as coisas estraga parte da experiência. Na verdade esse lugar não mereceria estar entre as 7 maravilhas pela forma como o turismo é feito aqui. Uma pena!
Chegamos às 17h em Hanói e já nos preparamos para ir à estação de trem, rumo a Sapa.

Esperamos uma noite tranquila no trem...


Dias 29 | 17nov | Vietnã - Halong Bay!

Halong Bay, ou a Baia de Halong, é composta por mais de 3 mil ilhas no golfo de Tonkin, no mar da China. É considerado pela UNESCO Patrimônio da Humanidade e foi eleita recentemente como uma das 7 maravilhas naturais, junto com nossas Amazônia e Foz do Iguaçú!! Portanto, é um destino muito popular, talvez o principal para grande parte dos turistas que vêm ao Vietnã.

http://www.new7wonders.com/

Segundo a lenda local, Halong significa "onde o dragão submerge no mar". Quando a China ia invadir o Vietnã, o Imperador invocou a ajuda dos deuses e estes enviaram um dragão, que com o movimento de sua cauda fez emergir os rochedos que formaram uma barreira contra o inimigo. Creio que essa é uma das versões, pois parece que cada guia faz sua licença poética...    

Saimos cedo de Hanoi após o farto café do hotel Elizabeth. O minibus nos levaria até a cidade de Halong, onde nosso barco estaria ancorado. No meio do caminho, uma parada à qual já nos acostumamos, uma mega-loja de souvenirs, com TODO tipo imaginável de tranqueiras para os turistas, e claro, com preços inflacionados.

Halong City é citado no guia como uma cidade sem nenhum charme, e q serve apenas de acesso à baia de Halong. Acho q tinham razão nisso, pensamos logo em Angra dos Reis, que não é nenhum aperitivo à altura da Ilha Grande...
Primeira decepção, o barco não era novo como prometido... Mas como estamos vacinados com relação ao assunto promessas-de-agências, tudo bem. Nossa cabine era OK, limpa, com uma cama confortável e com banheiro privativo. A Bé já tratou de fotografar cada canto dela! 
O barco ja seguia para o meio da baía, junto com dezenas de outros barcos... O almoço já começava a ser servido, nada que realmente surpreendeu, ou mereça menção mais detalhada. Refeição padrão, sem grande destaque, talvez por uns mariscos que estavam bons.
A baía realmente é espetacular!! Centenas de rochedos emergindo num mar esverdeado, um verdadeiro labirinto para os navegadores! Uma leve neblina cobria o horizonte, dando um clima ainda mais misterioso ao lugar... que seria de fato misterioso se não fossem outros tantos barcos à nossa volta! O turismo aqui está num limite que preocupa, já que é muito evidente que não está sendo feito da forma correta - com controle de acesso, de despejo dos dejetos e do lixo. Vemos muito lixo flutuando nas águas da baía, o que acaba estragando parte da experiência. Uma pena...
Após o almoço paramos numa casa flutuante que aluga caiaques. Nosso pacote garantia 2 passeios de caiaque já inclusos. Nessa saida não tínhamos um guia acompanhando, e para quem nunca andou de caiaque certamente seria um pouco estressante. A gente pegou o nosso e partimos para uma caverna que vimos nas redondezas. Não dava para entrar nessa, mas a visão de ilhas-rochedos altíssimos saido do mar nos faz sentir umas formigas... No entorno haviam muitos barcos e outros grupos de caiaque, então o passeio foi mais uma introdução à baía do que um passeio tranquilo e de contemplação.
Depois fomos a uma caverna, a Sung Sot Cave, a "maior e mais bonita da baía". Mais um típico exemplo de overpromise do turismo no Vietnã. A caverna era grande de fato, mas para comportar o turismo de massa, construíram passarelas de concreto e encheram a caverna de iluminação artificial, o que deixou a caverna totalmente descaracterizada... Sem falar das lixeiras em forma de pinguim, totalmente fora do contexto... O dono da idéia deve ter olhado para a própria geladeira e ... Eureka!! A caverna já sofreu ação dos catadores de souvenirs, que já andaram quebrando algumas formações. Mas a vista que tínhamos do alto valeu o passeio!

No barco tínhamos uma turma bem bacana, especialmente 2 moças canadenses, 1 casal de alemães na faixa dos 50 e poucos e 1 jovem casal, ele neozelandês e ela britânica.


Após o jantar a maioria, inclusive a gente, acabou capotada após um dia cheio. O karaokê ficou para o dia seguinte, e a suposta pescaria de lulas, um fracasso total!!

Dia 28 | 16nov | Vietnã - Enfim, Hanói!


Chegamos em Hanói por volta das 8:30h. Esperávamos chegar na rodoviária com uma pessoa nos esperando com uma placa com nossos nomes, porém nada disso aconteceu! Ao contrário, chegamos num posto de gasolina, sem ninguém nos esperando e ainda por cima meu mochilão estava com cheiro de peixe! Esse povo local estava transportando peixe!
Bem, acabamos pegando o táxi e fomos direto para o hotel escolhido: Elizabeth Hotel!! Sim, meu nome! Até pedimos desconto por eu ter o mesmo nome, mas não colou, hehe.
Fechamos o passeio para Halong Bay para o dia seguinte, pois além de ser o ponto alto do Vietnã, tínhamos que aproveitar o tempo bom com sol.
Saímos para dar uma volta nas redondezas, há um lago onde as pessoas tiram fotos, fazem caminhadas, ginastica e olha que estamos bem no centrão e na parte mais antiga de Hanói.

Após um lanchinho num fast food acabamos voltando para o hotel pra arrumar a mala do dia seguinte e ficar na internet.

Ao sentar no computador do hotel, perguntei se estava disponível e ela respondeu em português! Uma brazuca! Que legal!! Pois nesses quase 30 dias ouvimos o português somente duas vezes. Uma vez de um verdadeiro portuga no Cambodia e outra de um cara que estava entrando no hotel em Saigon. As duas eram gaúchas que estavam morando na Nova Zelândia e que estavam de férias. Conversamos bastante, demos muita risada das coisas que acontecem por aqui, das experiências...

Iríamos tomar uma cerveja quando conseguimos contato pelo Skype com o pessoal do Brasil. Oda-San, Kioko-San e Iran, nossos amigos de Junqueira. Ele comentou que a Katyan  
e Totyan (meus sogros) iria na casa dele, que legal!!! Conversamos bastante, mostramos um pouco da cidade pelo computador, matamos as saudades!!!

Saímos pra comer pelas redondezas e tinha um lugar com uma fachada bacaninha, lotado de gente só que todos comendo nas micro mesas e cadeiras de crianças na calçada. Interessante, pois todo o estabelecimento era tomado pelos acessórios de cozinha, panelas, caldos, gente preparando a comida e todos os clientes na calçada, praticamente quase sentando no chão!
Muito normal aqui...

Amanhã Halong Bay!!!
Até!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dias 25-27 | 13nov-15nov | Vietnã - Hue

Dia 25 | 13nov
Saimos de Hoi An (cidade muito charmozinha) às 08:30h e chegamos em Hue às 12:00h.
Nos instalamos no hotel e fomos dar uma volta na cidade a pé.
Hue já fica na parte Central do Vietnã e é conhecida por possuir conjuntos arquitetônicos belíssimos e esses monumentos históricos são tombados pela  UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Oras, a expectativa era muito grande!!!
Resolvemos visitar a Cidade Imperial que localizava-se do outro lado do Rio Perfume. Ainda andando em direção ao nosso objetivo, tivemos nosso primeiro sentimento de decepção, pois Hue parecia uma cidade grande normal. Com suas motocicletas buzinando freneticamente, carros por todos os lados, nada de diferente do que já vimos de cidade grande. Pensamos até em viajar p Hanoi no dia seguinte…
Bem, chegamos na Cidade Imperial e aquele monte de homens que dirigiam os ciclos oferecendo passeio!!! Olha, Que Saco! Acho q estavámos tão decepcionados pelo lugar que tudo já estava irritando, rsrs.
A Cidade Imperial de Hue é uma fortaleza murada e foi idealizada como uma cópia em menor escada da Cidade Proibida dos imperadores chineses em Pequim, mas que infelizmente grande parte foi destruída na Guerra do Vietnã.
Lá dentro havia comércio, cafés, restaurantes, motos, casas, escolas, tudo normal e igual à cidade de Hue. Praticamente uma pequena cidade dentro de outra cidade. Até aquele momento, a única coisa legal que vimos era um carro da Toyota, muito fofo que eu queria ter no Brasil, ahahahah...
Chegamos num lago no qual haviam muitos pescadores, mas o lago era sujo e tinha bastante lixo boiando e ao longo de todo o caminho até ele. Aqui qualquer poça é motivo para os caras sacarem suas varinhas e tentar um aperitivo pra noite.
Resolvemos dar mais uma chance a essa cidade ficando o dia seguinte para passear. Para compensar o dia tão moroso, fomos jantar num restaurante chamado Caramel. Ah, que delícia de jantar! O meu prato era frango com folhas de limão e do Márcio era carne de porco com capim-limão, ambos acompanhados com arroz jasmim e com o morning glory.
Essa verdura que falamos tanto tem na Liberade e assim que voltar ao Brasil vou tentar
fazer… Me aguardem!!!
Como sobremesa, panquecas de banana com molho de laranja. Que Delícia!!!!


Dia 26 | 14nov

Resolvemos alugar as bikes para o dia de hoje, mas antes fomos na agência de ônibus garantir a passagem para Hanoi. No começo, parecia que estávamos em S.Paulo andando de bicicleta em meio ao congestionamento, muitos carros, muitas motos, mas à medida que fomos nos distanciando do centro, já parecia uma cidade do interior.

O Márcio estava com o mapa do Lonely Planet e ia nos guiando, aliás, com relação ao senso de direção, deixo totalmente com ele, rs.
Paramos primeiramente num lugar chamado Chua Tu Dam, procuramos no mapa, mas não encontramos nada sobre ele… Mas dá-lhe fotos! Tudo que parecia turístico parávamos pra ver o que era… Tinha até um lugar no qual os monges moravam. Era impossível conversar, uma vez que eles não falavam inglês. A comunicação era apenas com sorrisos e gestos. Tudo bem, tá valendo tudo.
 Chegamos num cemitério To Dinh Tuong Van, no qual os túmulos tinham inscrições chinesas, muito bonitas. Tinha até túmulos com formato de flor de lótus.
Chegamos num lugar que parecia que estávamos no filme “A Viagem de Chihiro”, muito silencioso e calmo. Tinha um bosque com lago muito bonitos antes de chegar ao templo.
 
Vamos seguindo… Passamos por um lugar muito turístico pois haviam muitos ônibus, passamos reto, pois lá tinha que pagar e nessa altura do campeonato, não queríamos pagar nada nesta cidade.
Acabou o asfalto e entramos numa estrada de terra, off road by bike!!


Chegamos numa ponte no qual avistamos vários barquinhos lotados de areia sendo descarregados. Estávamos num afluente do Rio Perfume, o mesmo que passa na cidade. Eu estava acompanhando a movimentação do povo trabalhando e tinha uma moça que estava meio que disfarçando que estava trabalhando, pois enquanto as pás dos outros estavam cheias, a dela estava na metade!! Malandrona hein, kkkk!

Resolvemos voltar, pois já eram 3:00 pm e tínhamos que entregar as bikes até 6:00pm.
No caminho, tinha um tipo de floresta com árvores e uma bela vista para o Rio Perfume, muito bonito! Encontramos um casal que aparentemente estavam tirando fotos do casamento, mas depois vimos que era tipo de um ensaio fotográfico. Vamos que vamos ...

De volta na cidade, paramos num shopping e como não tínhamos almoçado, acabamos comendo um lanchinho no KFC, lembram? Essa rede não existe mais no Brasil.
Fechamos a noite comendo num restaurante que o tiozinho gastava um pouco do Português, estava tudo anotado no caderninho dele. A comida estava mais ou menos e uma cena horrível…
Do lado de fora do restaurante, vi uma coisa se mexendo… Seria um bichano? Um gato? NÃO, Era um Ratão!!!!! Cruzis!!!
Fomos direto ao restaurante de ontem comer a sobremesa… Crepes de banana com molho de laranja…  Agora sim, Life’s good.

Dia 27 | 15nov
Hoje estava uma manhã chuvosa, tarde no shopping aguardando o horário do busão e atualizando o blog. Compramos comida num super que tinha no shopping, tipo obentô (a marmita japa). Hanoi aí vamos nós!!!